sábado, 13 de novembro de 2010

Que nem remédio ruim

Fui ao restaurante sozinha, hoje. Olhei pra comida no prato e lembrei minha dor. Lembrei que existem coisas que a gente aprecia, degusta bem devagar, rezando pra não acabar. Outras a gente só engole. Engole fazendo careta. Engole porque tem que engolir. Porque nos empurram goela abaixo, com a desculpa de que vai fazer bem, que nem remédio ruim. Engoli o choro três vezes e quase engasgo com o amargo. Deixei o prato intacto, paguei a conta e saí.

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