segunda-feira, 12 de março de 2012
É da natureza:
terça-feira, 6 de março de 2012
Gramática dramática
Enquanto ela soltava o verbo, eu fazia uma oração. Oração subordinada a ser substantiva, objetiva e direta de meu principal desejo: “que ela me perdoe, que ela me perdoe, que ela me perdoe”... Ela conjugava em alto e bom som o “ir” do amor que em nós um dia se fez tão presente, e a cada pronome se mostrava cada vez mais pretérito apesar de perfeito. “Eu fui pra ti um objeto, enquanto tu... Tu foste meu amor. Ela foi só mais um, entre tantos motivos. Nós fomos o que nunca mais seremos. Vós fostes o culpado... Eles e elas foram testemunhas”. Depois passou a me atirar objetos. Objetos, direto no rosto. Objetos, direto de suas mãos suadas e trêmulas... Foi assim, quando amar tornou-se verbo transitivo
Ponto final.